sexta-feira, 26 de abril de 2013

Sexo para ler: ensaio para uma libertação







Na sociedade de hoje nós podemos falar de sexo mais abertamente, podemos fazer mais sexo também. Isso tudo se deu por várias transformações históricas. Desde a queima dos sutiãs até os hippies dos anos 70, esse último muito ligados aos conceitos que balizam até o chamado poliamor: amor livre e sexo livre. Ninguém é de ninguém. É aquela coisa de “amo você e deixo você livre”. É tratar a pessoa que você ama como um ser humano mesmo, e não como objeto. É comum ouvirmos as expressões “ele é meu”, “você é minha”. Se você diz que perdeu um namorado, a pessoa talvez pergunte “mas foi você ou ele quem terminou?”. E se você diz “perdi um amigo”, a pessoa talvez fique chocada e pergunte “ele morreu de que?”. Tudo isso pra dizer que dentro da ideologia do amor romântico idealizamos a pessoa amada e, a partir da relação sexual, fazemos dela um objeto nosso. 

Nesse post, não pretendo dizer qual é a “verdade” sobre o sexo, nem nada do gênero. Estou aqui para dar dicas de leituras que são capazes de mexer com a nossa percepção do que é amor e do que é sexo. Algumas são lights, outras mais teóricas. Mas todas igualmente interessantes. Comecemos por uma light: 


1- Revista Trip – edição especial sobre diversidade sexual (n. 204 – outubro de 2011) 

http://revistatrip.uol.com.br/revista/204 

Subtítulo mais do que instigante: “Héteros, homos, bissexuais... por que essas definições nunca vão conseguir explicar nossa sexualidade?”. Lembro que fui a banca comprar e já tinha esgotado! Comprei uma segunda edição. E pra quem não tem, é possível comprá-la no site, pelo link aí em cima, ou apenas ler as matérias online. 

Nessa edição é possível ler matérias sobre um grupo de 7 pessoas, 2 homens e 5 mulheres, que vivem juntos e se amam. Não existem palavras para definir o que eles são: amantes, amigos, namorados. É uma relação tão fora dos padrões que não há como definir. Eles dão o nome de “amoreba”. 


2- A Cama na Varanda – Regina Navarro Lins 

Eu sempre falo desse livro para as pessoas que eu conheço, pois ele mudou a minha vida! Regina vai fundo na história da humanidade para mostrar como nasceram os conceitos de masculino e feminino e como isso influencia na nossa conduta moral e sexual até os dias de hoje. É como se ela fizesse um grande “histórico da repressão sexual”. Além disso, também baseado na História, ela faz um levantamento dos conceitos de Amor ao longo de todo esse tempo. Ela fala ainda sobre maternidade, questões psicológicas, etc. É um livro bem rico! Recomendo!!! 


3- A Revolução Sexual – Wilhem Reich 

Esse é mais teórico, mais punk. Confesso que li apenas uns pedaços. Regina Navarro Lins cita-o algumas vezes. 


É isso aí, meninas! As dicas estão aí. É difícil desvendar o mistério da sexualidade. Como diz o diretor de teatro Zé Celso Martinez Correa: “A sexualidade é uma coisa absolutamente desconhecida porque a igreja cometeu um dos maiores pecados do mundo ao criminalizar o sexo”. De fato, ninguém sabe o que é a sexualidade pura, sem estar pautada pela moral e pela culpa, em maior ou menor grau. O que podemos fazer é abrir cada vez a mente pra tomarmos mais consciência de quem somos, do nosso corpo e do que queremos. 


Para ler ouvindo “O Seu Amor – Gilberto Gil” 
http://www.youtube.com/watch?v=g6Rem4L2Xjk 

Boa leitura pra pirigas!

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Dar ou não dar o cu, eis a questão


Dar o cu é ainda uma questão pra muitas mulheres. Não por repressão nem por nenhuma razão metafísica. É que dar o cu dói, vamos combinar. Os gays dão o cu na boa porque eles não tem vagina pra dar. Portanto eles não tem opção. Ou dá o cu ou não dá nada!

Já as mulheres tem isso como uma questão. Algumas cedem ao parceiro devido à insistência dele. Outras porque sentem curiosidade, mas tem medo de sentir dor. E outras acabam dando porque sempre tiveram vontade, mas faltava só encontrar “o cara certo”. É quase como um segundo tabu: primeiro tem a virgindade, depois vem o cu. 

Anatomicamente, dar o cu é “errado”. Cu é um lugar de saída, não de entrada. Ele não foi feito para que coisas fossem introduzidas ali. Por outro lado, sabe-se que o cu tem terminações nervosas, gerando sensibilidade na região. Assim forma-se o dilema, porque dar o cu é gostoso... só que não! 

Homens com paus muito grandes não devem ser bacanas pra você começar a vida no sexo anal, né? Minha experiência nesse campo se deu com homens de paus médios. Sim, não vejo problemas em paus médios. É outra experiência. O pau médio te dá a possibilidades de coisas diferentes como por exemplo... DAR O CU! Não preciso ficar explicando, a questão é anatômica e ponto! Só uma dica: de ladinho, é beeeeem mais fácil! É a posição inicial ideal pra começar suas experiências.

O outro ponto é o cara em si. Se ele faz o tipo machão/pentada-violenta/sou-o-comedor, certamente ele não é o mais indicado pra iniciação. Ele não vai ter a paciência necessária pra coisa acontecer, a probabilidade de ele te machucar vai ser grande. Agora, se o cara é mais delicado, valoriza as preliminares, as chances de ele ir com calma é maior. O cara que valoriza as preliminares geralmente é o cara que se preocupa mais em dar prazer pra mulher do que mostrar pra mulher “olha como eu sou foda”. 

Um lubrificante é essencial nessas horas. Cu não tem lubrificação natural, portanto é necessário fabricar essa lubrificação. Não se acanhe, lambuze bastante! E se ele esiver te tocando ao mesmo tempo, aí a coisa fica sensacional! Porque é como se ele estivesse te masturbando, mas com um “elemento” a mais. 

Só não podemos esquecer duas coisas: usar sempre camisinha e fazer o que der vontade, mas por nós mesmas, nunca pra agradar os outros. 
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