quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Diga SIM!



















Essa história é baseada em fatos reais.
Era uma dessas quartas-feiras, em que você acorda na bad e aceita que seu dia vai ser uma merda mesmo até a hora de dormir. OK. Fui levando assim meu dia assim até que o pico do bebeto bateu no meio de uma aula do curso que eu to fazendo. Levantei na hora que as lágrimas começaram a cair e fui no supermercado mais perto comprar uma pizza pra afogar minhas mágoas. Outra coisa que tinha me deixado mal é que uma amiga que há muito tempo eu não via, tinha furado de me encontrar no dia. 
Mas quando eu saio do supermercado, uma mensagem dessa mesma amiga aparece:
"Oi! Pilhei de sair, vamos?!"
Olhei pra pizza, olhei pra mensagem. Huumm... já tinha aceitado meu destino trágico do dia, mas pensei duas vezes: "engordar em casa sozinha e triste ou tomar um chopp e rir um pouco?" Meu emocional idiota bem que queria ficar em casa sofrendo, mas fui racional e decidi tentar ser um pouco mais feliz no final daquele dia.
Chegando no barzinho, o plano era ficar lá uma horinha e depois partir para uma festa SUPER aleatória, mas que era quase de graça e ali do lado. Ficamos então conversando entre os chopps e eventualmente começamos a falar sobre homens. Como sempre, concluímos que os da nossa idade são uns imaturos egoístas, que somos muito melhores do que eles e que estamos fudidas. E com isso voltei a ficar na bad. Por mim nem ia mais nessa tal festa e já ia direto pra casa dormir pra esse dia acabar logo. Mas minha amiga super pilhou de esticar pra festinha.. então pensei: "Ir pra casa dormir triste e desiludida ou tentar cair no sono depois um pouco mais alegrinha?" Mais uma vez usei meu lado racional(o que é raro mas graças a Deus ele ainda dá suas caras de vez em nunca) e fui pra festinha.
Chegando lá, SÓ GRINGOS. Claro né. Quem é que sai dia de semana quase meia noite para uma festa? Quem tá de bobeira, pode acordar tarde e tal. E eu não curto gringos, e muito menos estar no meio deles e pagar de brasileira piranha que só tá lá pra pegar gringo. Aquele esteriótipo escroto, sabe? Então comecei a me sentir bem desconfortável, mas já que tava lá né, foda-se e vamos beber.
A meta era ir embora em uma horinha mais ou menos, até porque tinha que acordar cedo pro trabalho no dia seguinte. 
Mas DO NADA me adentra no recinto um grupo de gringos e no meio deles tinha um que eu falei: "WOW." Se alguma coisa fosse acontecer ali, se alguém teria alguma chance comigo, de todos aqueles gringos obviamente bonitos, seria ele. Até porque eu não gosto dessa coisa de beleza propriamente dita. Um bom charme vale muito mais a pena... e esse tinha muito.
Mas ok, já ia embora em alguns minutos, meu dia estava todo cagado, assim como eu, então deixei pra lá. 
Até que um amigo dele chama minha amiga para dançar. E "Opa, é um link!" pensei. Mas ainda não tinha me convencido realmente de fazer algum movimento. Até que minha amiga começa a ir pra fora do lugar com o gringo e num momento de puro instinto, puxei eles e disse:
- Então, porque que você não chama seu amigo pra falar comigo?
Ele veio na hora.
Francês, super interessante, muito gente boa. 
Quando eu vi a gente tava se beijando.

;)

O que eu quero dizer com tudo isso, que é uma lição que eu acho que realmente aprendi nesse dia, é de dizer SIM as oportunidades.
Eu tenho muita facilidade de me sabotar, dizer não por medo, fadiga das coisas... Mas olha o que teria acontecido se eu não tivesse dito SIM, mesmo querendo dizer não?!
Eu teria ido pra casa comer pizza e dormir com lágrimas nos olhos.
Ao invés disso, ri, me distrai, conheci uma pessoa super legal e só dormi 3 horas IF YOU KNOW WHAT I MEAN ;)

Então piriga, se suas amigas te chamarem pra sair, se aparecer uma festa aleatória, ou até mesmo fazer coisas e tomar atitudes que você geralmente não faria ou tomaria, vá em frente! Não fique com medo, não fique com preguiça, dê uma chance pra vida :)

domingo, 18 de novembro de 2012

Futebol e Piriguetchyação



É isso aí, meu povo! Ainda não acabou o Brasileirão 2012, mas já temos um campeão: Fluminense, mais conhecido como FlorminenC (homenagem ao maior tapete da história do futebol brasileiro: a subida da série C pulando a série B). Mas enfim, não vim aqui pra falar disso, e por incrível que pareça também não vim falar dos cafuçus dignos das Laranjeiras, tipo Fred ou Rafael Sóbis. Este post é uma analogia entre o panorama das nossas vidas e a vida dos nossos clubes de coração. Muitas vezes isso encaixa. Eu por exemplo, a Cineasta, sou vascaína. Não, não estou em segundo lugar em nada, nem vem! Mas é que o fim de ano do Vascão tá bem parecido com o meu: 2012 já acabou, já foi, já deu o que tinha que dar. Não tenho mais nada pra conquistar nessa temporada, assim como o Vasco. É a mesma vibe.

Mas você, cara leitora, deve estar se perguntando do que eu estou falando. É que quando o clube precisa reformular o time pra temporada seguinte, o que ele deve fazer? Contratar novos jogadores, ou não. O centroavante pode ser comparado com o prato do momento. O Fluzão campeão, por exemplo, tá bem de cafuçus de área. Fred bate um bolão, poderia bater lá em casa, inclusive. Mete vários gols, é o artilhheiro, não mete na trave, aproveita todas as oportunidades que aparecem. O Flu tá de boa, não tá precisando contratar ninguém. Assim como várias colegas estão de boa, não precisa se preocupar pra próxima temporada, é só manter o time que tá aí. Em time que tá ganhando não se mexe.

Enquanto isso, outros clubes/colegas tem que se preparar pra chamada janela de transferência, que é quando o mercado da bola/pirigueteação se abre e as ofertas aparecem. A tal janela, no futebol, abre em janeiro. Podemos dizer que a janela da pirigueteação se abre no carnaval. Há uma transferência eventual que pode ocorrer no reveillon. Você pode trocar de rabisco nessa data, mas a probabilidade maior é no carnaval mesmo, pois é quando o mercado está aberto para os “jogadores” estão em circulação, inclusive jogadores internacionais.

Há outra questão sobre a janela de transferência. Há o medo de quem está bem na temporada e que precisa manter a base do seu time. Nossa cara amiga aqui do Manual, Pateta, botafoguense desde a mais tenra idade, está vivendo essa situação: está na briga pela Libertadores, tem um time equilibrado. Precisa só trocar algumas peças. Mas durante a janela de transferência rola sempre o medo de todos quererem um Seedorf pra chamar de seu. Aí tem que ter aquele jogo de cintura pra manter seu centroavante em atividade, rendendo tudo o que pode, sem que ninguém queira tirá-lo de você. Pra isso, faça um contrato bem amarrado. Dê uma “chave” nele, se é que você me entende.

A amiga Pateta tem ainda outra preocupação: os jogadores da base. Ela, assim como o Fogão, vem investindo nas categorias de base. Bruno Mendes, da base do Guarani que foi dispensado, novo goleador do clube alvinegro, tá aí pra provar isso. Dá resultado. Os moleques não tem experiência, mas tem garra, vontade de jogar e principalmente fôlego. É sempre uma alternativa pro clube que precisa de um goleador.

Como eu disse no início, meu Vasco tá tipo eu. Os atacantes já não atacam, os goleadores já não fazem gols. Meus rabiscos já não comparecem com frequência, meus pratos já não giram. Com exceção do Juninho Pernambucano, que é um daqueles que todos querem pra chamar de seu também. Esse vale a pena. Não tem mais muito tempo de carreira, está prestes a se aposentar, mas ainda mete seus gols. É craque por excelência. Por mais que ele jogue por, no máximo, mais um ano, vale a pena. Essa é uma analogia que vale para rabiscos quarentões em geral. De qualquer forma, no meu caso, já tá na hora de planejar a próxima temporada, pensar em novas contratações, ficar de olho no mercado.

Cuidado com os rabiscos avulsos, do tipo mestre dos magos. Esses geralmente demandam investimento e acabam não correspondendo às expectativas. Sabe o Adriano no Flamengo? Então, é tipo isso. O cara falta a treino, vai pra balada e sequer joga. Não rola. Esse é o primeiro a ser vendido quando a janela se abre.

As colegas precisam também avaliar bem seus investimentos. Deveria ter um índice “risco-rabisco”, assim como o “risco-país”, que mede o grau de perigo para um investidor. Mas não tem. Nem no futebol tem. Então vale a observação e comparação. Você pode se supreender. Quer ver? Ronaldinho Gaúcho é feio, não tava jogando nada e foi jogar na cidade com maior número de bares do Brasil. Todo mundo tinha certeza que ia dar merda, só que não. Ele tá jogando muito e levou seu clube pra Libertadores, enquanto o Deco, do Flu, craque da seleção portuguesa, peidou e mais uma vez ganhou um título às custas do Fred, o cafuçu-artilheiro lá do início do post. Ou seja, todo investimento tem uma dose de risco.

O negócio é ficarmos atentas pro mercado da bola/pirigueteação. Afinal de contas, não estamos aqui pra ficar no zero a zero.

Obs.: esse post foi escrito a quatro mãos: Pateta e Cineasta, alvinegras camaradas.
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